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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Meios pedaços

Ninguém enxergou quando eu precisava de ajuda,ninguém, exceto você. E é por isso que não dá pra prosseguir.
Você ta ai, inteiro, com um coração e um sorriso enormes, pronto para entrega-los a alguém, mas não pra mim tá?!
Não que seu cheiro não seja o mais espetacular, ou que sua mania de escutar Queen pelo menos uma vez ao dia não seja divertida. Não é nada disso.
Mas você é inteiro, e eu, sou pedaço. 
Você é otimismo, e eu , desilusão. 
Você é doce, e eu, total acidez.
Tudo isso em você me encanta, me fascina, me faz querer bem mais, mais de você, mais de nós, mas, eu me conheço bem o suficiente para saber que, não posso fazer isso á você.
Não posso acabar com seu delicado equilíbrio com as minhas atribulações. 
Não posso puxar você para meu redomoinho de dramas com altos e baixos de emoções.
Não tenho o direito de tornar você pedaço, como eu sou, afinal você é inteiro, e seria imoral, cruel da minha parte estragar tudo isso, e eu sou boa nisso, estragar.
Não moço, não me diz que você pode me ajudar, não me diz que você me conserta, que cola pedacinho por pedacinho meu, até que eu esteja totalmente inteira, não me tente com essa ideia, porque eu, no alto do meu pessimismo acido, sei que essa ideia é fruto de contos de fada, e qualquer pessoa só pode se consertar sozinha. 
È melhor pra mim, que não vou carregar comigo a dor de ter machucado você.
È melhor para você que não vai prejudicar seu interior doce com todo meu azedume. 
Me desculpa moço, mas tudo isso, essa renuncia, não é para o meu bem, é pra impedir que você se assuste com a realidade da vida, que pulsa, latente, em forma de ferida, dentro de mim.

-Cris

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